No embalo da tal Semana Santa [faz tempo, hein?], fiquei pensando aqui comigo mesma sobre o significado da palavra “santidade” e lembrei-me de algumas histórias.
Minha mãe dizia que, quando adolescente, uma senhora amiga da família sempre lhe perguntava com muito interesse: “Ô, Toinha! Tu és santa? É que estás sempre tão quieta e nunca te vi ir ao banheiro!”.
Dona Dorinha, pessoa simples, do interior, que trabalha aqui em casa há alguns anos, costuma falar que “tem crente que só quer ser santo” e arremata dizendo: “Nunca vi santo comer farinha!”.
Na cabeça de Dona Dorinha e daquela amiga da minha mãe, santos não se alimentam nem têm necessidades fisiológicas. Creio não precisar dizer que essas duas humildes senhoras utilizaram conceitos medievos e anti-bíblicos do termo “santo”. Infelizmente, não são apenas as pessoas de pouca instrução escolar e/ou bíblica que o fazem. A concepção católica medieval de santidade fez um estrago danado na cristandade em geral!
Porém, sejamos justos, ideias biblicamente equivocadas sobre santidade não são apenas culpa da herança católica. A natureza de tais equívocos nos remete à própria natureza humana.
Muitos cristãos evangélicos e protestantes riem-se da ingenuidade dos católicos acerca das indulgências e intercessão dos santos no céu, porém, têm crido que santo é alguém impecável, sobre-humano. Baseado em quê chegam a tal conclusão, não faço ideia. Só sei que convenceu a muitos.
Alguns vão ao extremo de dizer que santo só Jesus (boa desculpa a fim de sentirem-se à vontade para dar vazão à sua natureza pecaminosa!). Se assim fosse, Jesus seria louco ou mentiroso por querer de nós algo que não podemos alcançar. “Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: ‘Sede santos, porque eu sou santo’” (1Pd1:16 e 16. Ver também 1Co1:2).
Santidade não é algo que os outros, ou que você acha que é; santidade é o que Deus diz que é. Explico... É assim: nesse quesito, só a opinião de Deus importa. Não interessa o quanto outros digam, ou o quanto você se ache, miserável; se você tem buscado a Deus diariamente, você é santo para Deus, “pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1Tm4:4 e 5). Também não importa o quanto outros digam, ou o quanto você se ache, santo; se você não busca a Deus como se sua vida dependesse disso (pois realmente depende), você não é santo.
Outro conceito equivocado é o de que a santidade hoje é apenas para alguns, a maioria dos cristãos só a alcançará na glorificação, quando Cristo vier. Todavia, a Bíblia trata a santidade como algo real no dia a dia do cristão: “Já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef2:19). Pois, onde Cristo chega, nada fica como era antes. É impossível que alguém ande com Cristo a cada dia e não seja cada dia mais parecido com Ele (2Co3:18). Santidade é algo para agora.
Este texto abre uma pequena série de textos sobre santidade, dentro da nossa série maior sobre conceitos. Provavelmente, eu já mate a expectativa de muitos ao dizer isso, mas é possível que alguns achem os textos desta minissérie óbvios e repetitivos. O que pode até ser um bom sinal, pois, talvez signifique que já conheçam e pratiquem tais princípios.
Contudo, peço licença para escrever aos iniciantes no assunto. Para estes é necessária uma exposição um tanto paulatina, a fim de desprogramar a mente de tantas ideias canhestras acerca do tema.
Durante muito tempo, mitos sobre santidade têm assolado o cristianismo. Pessoas em todo o mundo têm vacilado ou abandonado a fé por conta deles. Estaria você imune? Bem, sinceramente, eu não teria a petulância de me considerar assim ("Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia". 1Co10:12. Ver também 1Pd5:8).
Durante muito tempo, mitos sobre santidade têm assolado o cristianismo. Pessoas em todo o mundo têm vacilado ou abandonado a fé por conta deles. Estaria você imune? Bem, sinceramente, eu não teria a petulância de me considerar assim ("Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia". 1Co10:12. Ver também 1Pd5:8).
Convido você a identificar mais alguns mitos sutis sobre santidade e a estar escudado na Palavra a fim de proteger-se deles.
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Figura: Santa Maria Goretti (1890-1902), patrona das vítimas de estupro. Ao sofrer tentativa de violência sexual, preferiu ser morta a ter sua castidade violada.
Este post faz parte da série "A importância dos conceitos". Leia também os outros textos da série.
Eita! Mês de abril inteiro sem postar, hein, dona Vanedja? Parabéns, incompetência nata!
ResponderExcluirVeja q o primeiro parágrafo indica qdo deveria ter saído este post.
Bem, o importante é q tamo de volta, né?
Vamos acompanhar a série, rapaziada?
Não esqueçam de agradecer (ou xingar) a Daniella Virmes, dona deste blog aqui: http://daniellavirmes.com/. Afinal, foi ela a responsável pela formatação deste post, q tava dando pau, e eu ñ conseguia formatar nem por decreto dominical (piada interna). Além de sempre fornecer dicas técnicas valiosas a esta analfabeta aqui.
É bom termos amigos altamente cristãos, aos quais podemos explorar. ;p
Valeu, Dani!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.. Ceeeeeeeeeerrrrrrrtttttttttooooooooooooo..
ResponderExcluirVou cobrar hein?
hauahuahuahuahauha
Bjssssssssssssssssssssssss
E valeu pela propaganda ;)
Problema é a santidade aferida pelas obras.
ResponderExcluirAmarrei meu jegue por essas bandas!!!!!!!
Evanildo F. Carvalho